“O número de abortos no Brasil é maior do que o de nascimentos. Os números são da Organização Mundial de Saúde (OMS) e apontam cerca de 3 milhões de interrupções da gravidez anuais no país contra apenas 2,779 milhões de registros de nascimento, em 1986. A estimativa da OMS, apresentada no ano passado na Suíça, põe o Brasil como primeiro do mundo em matéria de aborto". Era o que dizia uma reportagem publicada no “Jornal do Brasil” em 7 de março de 1989. Passado?
Em maio de 2010, o portal G1, com informações do Jornal Hoje, da Rede Globo, publicou o resultado de uma pesquisa que ouviu cerca de 2 mil mulheres alfabetizadas e com 18 a 39 anos. Foi revelado que de cada grupo de 100 brasileiras, 15 já fizeram pelo menos um aborto. A pesquisa também mostra que quase metade das mulheres (48%) disse que usou remédios para induzir o aborto – e 55% tiveram de ser internadas depois. E que a cada cinco brasileiras, entre 35 e 39 anos, uma já fez aborto. Isso sem contar os óbitos maternos causados por complicações após aborto mal realizado em clínicas clandestinas.
Esses dados são de acordo com a primeira pesquisa nacional sobre aborto no Brasil realizado pelo Instituto de Bioética, Direitos Humanos e Gênero (Anis) e pela Universidade de Brasília (UnB), e traçaram um novo perfil da mulher que interrompe a gravidez. Ao contrário do que se pensava, a maioria não é de jovens solteiras, e sim de mulheres que têm um companheiro. Quase 60% delas também têm filhos. Quanto maior o grau de escolaridade, menor o número de mulheres que fizeram aborto. Entre as regiões, a Nordeste foi onde os pesquisadores registraram maior número de mulheres que declararam já ter feito aborto alguma vez na vida. A região de menor índice foi a Sul. (saiba mais)
Talvez vocês questionem o motivo que me faz escrever sobre isso tudo. E então, lhes convido a fazerem uma analogia com suas vidas e compararem os fetos com sonhos que brotam em nossos corações. Nesse caso, para ficar mais evidente o que desejo propor como reflexão, convido pensar em "sonhos" como aquele desejo mais forte que quando pensamos em satisfação e qualidade de vida ele se revela muito nítido em nosso íntimo. Aquele pensamento que mexe com nosso respirar, nosso organismo e possui uma força de nos colocar em estado de hipnose momentâneamente. Tudo isso porque os "sonhos" são vida! Uma vida dentro de nós! Fez sentido a analogia com o feto?
Realmente não é fácil quando nos deparamos com situações que parecem não depender somente da gente a realização e conquista de nossos sonhos. Nos sentimos incapazes, frágeis, pequenos e sozinhos diante obstáculos externos, como falta de dinheiro, falta de tempo, problemas na família, falta de amigos incentivadores e outros tantos que puxam nossa autoestima para baixo - Qual é EXATAMENTE a sua prioridade? E aí, chegamos a questionar o porquê sonhar se a realidade é tão dura. Começa então, o processo do aborto. Começamos a ter a convicção que já não somos mais capazes de carregar ou alimentar nossos sonhos. Inicia-se uma "falsa certeza" - que foi alimentada pelas verdades que condicionamos pois nosso cérebro não distingue o real do imaginário - que nossos sonhos são impossíveis. Logo, procuramos conforto na idéia de apenas se satisfazer com alguns poucos segundos de deslumbre dos sonhos e a cada dia nos afastarmos de sua conquista e realização. Tudo para podermos ter a consciência tranquila de que, a realização de nossos sonhos não depende somente de nós, pois se dependesse, conquistaríamos - De zero a dez, o quanto temos feito o que depende somente de nós para que isso ocorra? E como se não bastasse, ainda continuamos o pensamento e concluímos que, como depende de outras questões que não podemos interferir, não há o que fazer. Podemos resumir com simples frases já populares: "Caia na real! Acorda, Alice! Poliana... Aterriza!" Não é assim que funciona?
Ora, o que estamos dizendo é que a responsabilidade da condução de nossas próprias vidas não é somente nossa. Uma parte é, a outra não. Então podemos concluir que vivemos uma vida pela metade. É possível isso? Se a Lei da Ação e Reação já foi comprovada pela ciência, pela lógica, tudo o que vier até nós, será pela metade. Não é? Será que faz sentido eu dizer que, para nos sentirmos inteiros precisamos desenvolver mais o autoconhecimento e reafirmação de nossas próprias forças, habilidades e valores? E que se faz preciso assumir que sempre esperamos obter o reconhecimento dos mesmos pelo próximo, e muitas vezes isso é em vão e por isso é vital mudarmos nossas ações para obtermos melhores "reações" da vida?
Não procuro entrar em méritos de julgamento, entretanto, convido a refletir sobre o "autoaborto". Sobre o quanto temos interrompido o nosso próprio viver. Te convido a realizar uma lista de seus pontos fortes, de tudo o que você, e talvez, somente você sabe que é parte de seu "EU" de forma natural ou adquirida. Relacionar em uma folha de papel em branco sua digital, suas característas, suas marcas, suas alegrias e suas dores. Pode parecer um exercício, inicialmente, tolo. Mas ao escrever sobre isso, materializamos nossos pensamentos sobre quem REALMENTE somos. Podemos assim, compreender e enxergar melhor a dor e a alegria de ser quem somos e com isso, podermos assumir a condução de nossas vidas, vivenciarmos a sensação de viver de forma plena e integral e começar a colecionar conquistas.
Como canta Maria Bethania: "Sonhar mais um sonho impossível. Lutar quando é fácil ceder. Vencer o inimigo invencível. Negar quando a regra é vender. Sofrer a tortura implacável, romper a incabível prisão. Voar num limite improvável. Tocar o inacessível chão. É minha lei, é minha questão. Virar este mundo, cravar este chão. Não me importa saber se é terrível demais. Quantas guerras terei que vencer por um pouco de paz? E amanhã se este chão que eu beijei for meu leito e perdão, vou saber que valeu delirar e morrer de paixão. E assim, seja lá como for, vai ter fim a infinita aflição. E o mundo vai ver uma flor brotar do impossível chão!". Pense nisso, e seja também um(a) colecionador(a) de conquistas que poderá interferir na conquistas de outros, como eu estou fazendo. (Poderia não fazer se tivesse sido abortado ou abortado meus sonhos!)
À propósito, àqueles que desejarem refletir mais sobre aborto fetal, convido a assistirem alguns vídeos:
Realmente não é fácil quando nos deparamos com situações que parecem não depender somente da gente a realização e conquista de nossos sonhos. Nos sentimos incapazes, frágeis, pequenos e sozinhos diante obstáculos externos, como falta de dinheiro, falta de tempo, problemas na família, falta de amigos incentivadores e outros tantos que puxam nossa autoestima para baixo - Qual é EXATAMENTE a sua prioridade? E aí, chegamos a questionar o porquê sonhar se a realidade é tão dura. Começa então, o processo do aborto. Começamos a ter a convicção que já não somos mais capazes de carregar ou alimentar nossos sonhos. Inicia-se uma "falsa certeza" - que foi alimentada pelas verdades que condicionamos pois nosso cérebro não distingue o real do imaginário - que nossos sonhos são impossíveis. Logo, procuramos conforto na idéia de apenas se satisfazer com alguns poucos segundos de deslumbre dos sonhos e a cada dia nos afastarmos de sua conquista e realização. Tudo para podermos ter a consciência tranquila de que, a realização de nossos sonhos não depende somente de nós, pois se dependesse, conquistaríamos - De zero a dez, o quanto temos feito o que depende somente de nós para que isso ocorra? E como se não bastasse, ainda continuamos o pensamento e concluímos que, como depende de outras questões que não podemos interferir, não há o que fazer. Podemos resumir com simples frases já populares: "Caia na real! Acorda, Alice! Poliana... Aterriza!" Não é assim que funciona?
Ora, o que estamos dizendo é que a responsabilidade da condução de nossas próprias vidas não é somente nossa. Uma parte é, a outra não. Então podemos concluir que vivemos uma vida pela metade. É possível isso? Se a Lei da Ação e Reação já foi comprovada pela ciência, pela lógica, tudo o que vier até nós, será pela metade. Não é? Será que faz sentido eu dizer que, para nos sentirmos inteiros precisamos desenvolver mais o autoconhecimento e reafirmação de nossas próprias forças, habilidades e valores? E que se faz preciso assumir que sempre esperamos obter o reconhecimento dos mesmos pelo próximo, e muitas vezes isso é em vão e por isso é vital mudarmos nossas ações para obtermos melhores "reações" da vida?
Não procuro entrar em méritos de julgamento, entretanto, convido a refletir sobre o "autoaborto". Sobre o quanto temos interrompido o nosso próprio viver. Te convido a realizar uma lista de seus pontos fortes, de tudo o que você, e talvez, somente você sabe que é parte de seu "EU" de forma natural ou adquirida. Relacionar em uma folha de papel em branco sua digital, suas característas, suas marcas, suas alegrias e suas dores. Pode parecer um exercício, inicialmente, tolo. Mas ao escrever sobre isso, materializamos nossos pensamentos sobre quem REALMENTE somos. Podemos assim, compreender e enxergar melhor a dor e a alegria de ser quem somos e com isso, podermos assumir a condução de nossas vidas, vivenciarmos a sensação de viver de forma plena e integral e começar a colecionar conquistas.
Como canta Maria Bethania: "Sonhar mais um sonho impossível. Lutar quando é fácil ceder. Vencer o inimigo invencível. Negar quando a regra é vender. Sofrer a tortura implacável, romper a incabível prisão. Voar num limite improvável. Tocar o inacessível chão. É minha lei, é minha questão. Virar este mundo, cravar este chão. Não me importa saber se é terrível demais. Quantas guerras terei que vencer por um pouco de paz? E amanhã se este chão que eu beijei for meu leito e perdão, vou saber que valeu delirar e morrer de paixão. E assim, seja lá como for, vai ter fim a infinita aflição. E o mundo vai ver uma flor brotar do impossível chão!". Pense nisso, e seja também um(a) colecionador(a) de conquistas que poderá interferir na conquistas de outros, como eu estou fazendo. (Poderia não fazer se tivesse sido abortado ou abortado meus sonhos!)
- Fim do Silêncio
Cenas do documentário "Fim do Silêncio" de Thereza Jessouroun, ganhador do primeiro edital para fomento pelo selo Fiocruz Video. Breve distribuido pelo Selo Fiocruz Video.
- O Aborto dos outros
Documentário "O Aborto dos Outros" (Nacional) no canal cinema do site Capital News.
Dirigido por: Carla Gallo e produzido por: Moema Muller.
- As lágrimas de um anjo - Aborto (Atenção: Contém cenas de forte impacto emocional)
Um vídeo emocionante, que retrata com cenas reais o aborto.
- Depoimento - Luciana Pitta (Eu diria o mesmo que ela - Não contive minhas lágrimas ao me identificar com as palavras ditas. )
Vídeo depoimento sobre adoção produzido e exibido ao final do capitulo 43 da novela "Páginas da Vida", no dia 28/08/2006 pela Rede Globo.
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